terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sobre o Rock, dez anos depois.

Na década de 50 um americano, mais tarde consagrado como o 'Rei do Rock', chega as 'paradas' de sucesso. Com uma voz divina e sensualidade assustadora para a época, Elvis Presley foi o 1° Rock Star mundial.
Nos anos 60, surge um fenômeno musical chamado Beatles. Preciso falar alguma coisa sobre Os 4 Rapazes de Liverpool?
Em âmbito nacional, é criada na 2° metade dos anos 60 a Jovem Guarda. É quando o Brasil começa a se familiarizar com as vozes de Roberto, Erasmo, Golden Boys, Wanderléia e cia.
Já quase nos anos 70, Gil, Caetano e Gal chegam aos festivais introduzindo um novo movimento: a Tropicália. Nas músicas, críticas sociais disfarçadas de letras de amor. E muita inteligência.
Na década de 80, o Rock nacional começa a tomar a forma que conhecemos hoje. Mais críticas e letras politicamente (in)corretas. É botando o povo pra pensar que surgem Titãs, Paralamas, Biquini e Legião.
Nos anos 90 é o Grunge de Kurt Cobain que arrasta multidões de calças largas e blusões com o Nirvana. E seus conterrâneos do Pearl Jam chegam ao sucesso também.

E a história acaba aqui. Todos os artistas citados são lembrados e aclamados até hoje, 20, 30 e até 60 anos depois. Mas se pensarmos em 10 anos atrás, nenhuma banda que surgiu fez sucesso merecedor de entrar para a história. Entre essas eu cito (os bons) Linkin Park, CPM22 e Creed. São sinais de que os anos 2000 não seriam ótimos pro Rock.
Afinal, será que o que escutamos hoje vai ser lembrado daqui a 10 anos? Não entrarei no mérito de se o que se faz hoje é dito Rock de verdade pelos fãs de Elvis e Nirvana, mas é fato que é um estilo em decadência. Hoje em dia o que se cultua são sintetizadores e músicas prontas no computador, não se dá mais valor para o talento cru do Rock. Falta a atitude do Rock. Isso não significa quebrar guitarras e subir ao palco drogado. O que falta é incomodar o poder, é mostrar a força da juventude, é ser transgressor como o Rock sempre foi e não é mais.
Então, dez anos depois, ainda lembraremos de Nx Zero, Hevo 84 e Fresno?


PS. Esse é o texto original que eu fiz pra ser enviado pra um concurso cultural da revista Megazine, do O Globo, cujo tema era 'Dez anos depois'. Infelizmente o concurso pedia número de caracteres restrito, então tive que cortar certas partes.

4 comentários:

  1. Não tenho tanta afeição por estes arquistas do pop rock de hoje, mas tenho que agradecer a eles por tirarem o funk promiscuo e malevolente da cabeça da juventude adolescente. A culpa por eles estarem na mídia seria de quem? No meu modo de vista pela decadência do bom e velho rock.
    Sinto saudade da minha geração dos anos 90.

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  2. Sinto saudade da geração dos anos 80 e 90, que não foi a minha, mas que foi sempre o que eu gostei de ouvir e ter como 'ídolos'. Acho que a juventude é carente de bons exemplos até na música!

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  3. Saudade da época do Grunge, quando o preto e o xadrex sintetizavam tudo, ao invés dessa cena multi-colorida de hoje, que fala e fala sobre nada.
    Mas da Geração 00' salvo o System of a Down, Strokes, Los hermanos, Arctic Monkeys... É, teve gente boa por ai também há 10 anos atrás.

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  4. Saudade da época do Grunge, quando o preto e o xadrex sintetizavam tudo, ao invés dessa cena multi-colorida de hoje, que fala e fala sobre nada. [2]

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